quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Elementos vazados


Elementos vazados compõem a arquitetura e interagem com o conforto térmico de cada ambiente. Suavizando a intensidade do calor em diversos locais.
  • ·         Brises

São elementos vazados que inibem a incidência direta do sol e são geralmente em formato de lâminas.
Há diversos tipos de brises, diferenciados por material podem ser feitos de concreto, madeira e alumínio, além de também serem posicionados em orientação horizontal ou vertical a depender da necessidade.
Existem composições móveis e até outros mais sofisticados tipos que podem ser controlados  em movimento até mesmo por computador de acordo a incidência da luz como por exemplo em Paris, no Instituto do Mundo Árabe.

  • ·         Cobogós

Nomeado por três engenheiros da arquitetura moderna brasileira, época que foi imensamente  utilizado em construções. Eles têm função de ventilação, sombreamento e minimização do calor. São geralmente feitos em materiais de cimento, argila, vidro e cerâmica.
Possuem baixo custo e grande durabilidade.


  • ·         Muxarabis

São balcões fechados por treliças. Como se fossem varandas protegidas. Eles podem se diversificar de acordo a escolha de materiais da estrutura local.



Referências
Acessados dia 09/01/2013:
http://mf-arquitetura.blogspot.com.br/2011/03/elementos-vazados.html
http://cubbos-consultoria.blogspot.com.br/2012/02/dicionario-de-arquitetura-cobogo-ou.html
http://mulher.uol.com.br/casa-e-decoracao/colunas/fernando-forte-e-rodrigo-marcondes-ferraz/2010/10/01/em-uma-fachada-de-vidro-bate-um-sol-forte-que-ofusca-e-esquenta-muito-como-resolver.htm
http://casaeimoveis.uol.com.br/tire-suas-duvidas/arquitetura/quais-sao-os-tipos-de-brises-como-saber-a-posicao-em-que-devem-ser-colocados.jhtm
http://187.17.2.135/orse/esp/ES00067.pdf
http://mulher.uol.com.br/casa-e-decoracao/album/brises_2_album.htm#fotoNav=2

Fichamento do Capítulo 4 do Manual do Conforto Térmico

Fichamento do Capítulo 4 do Manual do Conforto Térmico


4.1 Geometria da Insolação

4.1.1 Insolação na Arquitetura
Não deve ocorrer insolação na arquitetura em casos de climas quentes. É necessário proteger o edifício utilizando da vegetação ao redor e também planejando os locais de incidência sola.

4.1.2 Movimento Aparente do Sol
Um observador terrestre visualiza os raios solares em diferentes pontos de acordo as estações e dias do ano por consequência do movimento de rotação e translação


4.1.3 Esfera celeste
Quando o observador na Terra posiciona-se em uma latitude qualquer está sobre o plano do horizonte.
A esfera celeste é a superfície imaginária onde os astros são projetados.

4.1.4 Zênite e Nadir
Traçando uma linha perpendicular ao plano do horizonte temos no ponto superior o zênite e no superior o nadir.

4.1.5 Pólos celestes
A partir do Equador os polos são definidos com uma linha perpendicular a ele.

4.1.6 Pontos cardeais
Tendo a linha que corta o centro do plano do horizonte ao meio define os pontos Norte e Sul, cortando-se perpendicularmente termos os pontos Leste e Oeste.

4.1.7 Altura e Azimute
A posição de um observador no plano do horizonte é determinada pela altura e azimute.
A altura é medida em graus do plano do horizonte ao plano do corpo celeste.
O azimute é a medida em graus a direita do Norte do observador.

4.1.8 Altura e Azimute solar
A posição horária do sol é determinada a partir dos ângulos de azimute e altura.


4.1.9 Movimento aparente das estrelas
Para um observador no plano do horizonte o percurso de um astro será um círculo paralelo ao Equador.

4.1.10 Trajetória aparente do Sol
Consequente dos movimentos de rotação e translação, a trajetória aparente do sol é semelhante a uma espiral.
A trajetória aparente do Sol para cada dia do ano é dada em função de cada latitude da Terra. Três dias do ano descrevem as trajetórias como: solstícios e equinócio.

4.1.11 Latitude 0º (Equador)
Para uma pessoa que se localiza no Equador perceberá a duração de dias igual a duração das noites.

4.1.12 Latitude 23,5º (Trópico de Capricórnio)
A latitude 23,5 caracteriza os trópicos onde o solstício de verão possui a maior altura solar (de 90º).

4.1.13 Latitudes entre o Equador e o Trópico
Nas latitudes intermediárias ao Equador e trópicos, o sol a pino acontecerá duas vezes por ano.
4.1.14 Latitudes superiores a 23,5º
Caracterizam-se por não ter o sol a pino em nenhuma época do ano. 

4.1.15 Latitude 90º S
Como o observador não enxerga abaixo do plano do horizonte, a luz do sol só poderá ser vista durante 6 meses e nesse caso no equinócio de outono até desaparecer.

4.1.16 Cartas Solares
São a representação gráfica das trajetórias aparentes do Sol para cada latitude.


4.4 Penetração do sol pelas aberturas
Aberturas em uma construção podem permitir a entrada do sol que pode causar aquecimento, ofuscamento e também incidir em alguns equipamentos causando danos.

4.4.1 Área ensolarada pelo piso do recinto
É possível determinar a área e a dimensão da mancha do sol a partir do método de projeções mongeanas
- Marca-se o azimute e a altura do sol para o horário
- Determina-se a projeção da altura solar no plano vertical (hv)

4.4.2 Área ensolarada sobre a superfície interna paralela a abertura
- É necessário visualizar as projeções de maneira clara e perceber o ângulo de incidência da luz.
- Quando os raios passam a incidir na vertical paralelamente a abertura da janela é possível medir a altura da mancha solar na projeção vertical e encontrar a mancha na parede com a mesma altura.

4.4.3 Área ensolarada sobre a superfície interna perpendicular a abertura
- Os raios se projetam no na horizontal e passam para a projeção vertical devido ao horário
- Para determinar a área dos que passam para a outra projeção é preciso identificar as linhas de chamada da abertura para que os raios estejam delimitando-as.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

MANUAL DE CONFORTO TÉRMICO - CAPÍTULO 3 -- A SÍNTESE --

MANUAL DE CONFORTO TÉRMICO - CAPÍTULO 3

-- SÍNTESE --


NOÇÕES DE CLIMA E ADEQUAÇÃO DA ARQUITETURA


3.1. NOÇÕES DE CLIMA


3.1.1. ELEMENTOS CLIMÁTICOS DA ARQUITETURA

- Amenizar o clima ou tornar tão agradável quanto é.
- Perceber numa região as variações de temperatura, umidade, ventos e até mesmo pluviosidade.

3.1.2 - FATORES CLIMÁTICOS

- São diferentes em todo o mundo como exemplo: relevo, solo, latitude, altitude, etc.

3.1.3 - RADIAÇÃO SOLAR

- Sua maior influência é na elevação da temperatura.

3.1.4 - MOVIMENTO APARENTE DO SOL

Para um observador, situado na Terra, o movimento do Sol é modificado de acordo aos ângulos dos raios em relação ao horizonte no decorrer do tempo. A Terra é considerada uma esfera dividida em polos opostos em relação ao centro (Sul e Norte) e também dividida pelo Equador.

3.1.5 - LONGITUDE

Medida, em graus de 0º a 180º leste ou oeste, em relação ao Meridiano de Greenwich, o qual passa pelos polos.

3.1.6 - LATITUDE

A medida em relação ao Equador, que dividem a Terra em semi-círculos paralelos a ele, e varia de 0º a 90º sul ou norte.

3.1.7 - POSIÇÕES APARENTES DO SOL

Caso o eixo imaginário da Terra fosse perpendicular a trajetória elíptica cada ponto dela veria o sol na mesma posição ao longo do ano. Mas existe uma inclinação de 23,5º em relação ao eixo imaginário da Terra o que faz que a luz percorra, aparentemente, a região delimitada pelos trópicos de Câncer e Capricórnio, 6 meses em cada sentido. Os solstícios ocorrem quando a luz solar incide 
perpendicularmente a superfície terrestre tornando os dias e as noites desiguais. Para quem está no local dessa incidência perpendicular da luz o solstício é de verão, e para quem está no lado aposto ao da luz está em solstício de inverno. Quando há a passagem do sol pelo Equador são considerados os dias com mesma duração da noite e este período se chama Equinócio.

3.1.8 - INFLUÊNCIA DA LATITUDE

A latitude e a época do ano são responsáveis pelas diferentes inclinações dos raios solares em direção a Terra. A latitude é fator de grande importância na iluminação e calor de um local, tendo-se 
por base que a depender da latitude o ângulo de incidência será maior ou menor trazendo maior radiação ou não.

3.1.9 - DISTRIBUIÇÃO DE CONTINENTES E OCEANOS

A água dos oceanos é um importante fator na regulação térmica da Terra. Ela tem um calor específico muito grande em relação ao continente, o que faz com que a água precise sempre de mais energia do continente para resfriar e do contrário também. Tornando os locais mais interiores (menor contato com a água) extremos - invernos mais rigorosos e verões mais quentes.

3.1.10 - ISOTÉRMICAS DO GLOBO
Isotérmicas são linhas que indicam a variação de temperatura em relação as latitudes. E verifica-se que nas latitudes próximas aos recortes de continentes há maior variação da linha.

3.1.11 - BRISAS TERRA-MAR

As brisas são direcionadas pela diferença de pressão causada pela demora do aquecimento e resfriamento da água.

3.1.12 - TOPOGRAFIA

A topografia afeta a temperatura local pela diferença na incidência dos raios e também na circulação dos ventos.

3.1.13 - REVESTIMENTO DO SOLO

O revestimento do solo é importantíssimo na condução de calor, já que quanto mais úmido mais é condutor de calor, devolvendo assim mais rapidamente o calor ao oceano.

3.1.14 - UMIDADE ATMOSFÉRICA

A umidade atmosférica é gerada pela evapotranspiração das plantas durante o dia.

3.1.15 - PONTO DE ORVALHO
Com o aumento da temperatura a umidade relativa diminui. Se o ar contiver parte de água e for resfriado ele perde parte da sua capacidade de reter água aumentando sua umidade relativa.

3.1.16 - PRECIPITAÇÃO ATMOSFÉRICA

O choque entre massas de ar ocasionam as formas de precipitação

3.1.17 - NEBULOSIDADE
A quantidade de nuvens no céu pode variar e por consequência impedir a passagem de raios solares a atmosfera terrestre e também o contrário: impedir o retorno de raios incididos superfície.

3.1.18 - VENTOS

Ventos são gerados a partir da diferença de pressões atmosféricas locais, ocasionada pelo resfriamento ou resfriamento de terras/oceanos, e também eles são gerados pelo movimneto de rotação em torno do próprio eixo.A variação de temperatura faz com que se desloquem as massas de ar.
Em cada hemisfério há cintos de alta e baixa pressão: equatorial (baixa pressão), latitudes tropicais (alta pressão) e polares (alta pressão). Isso resulta nos ventos: alíseos (mais importantes para o 
Brasil), do oeste e os polares.

3.2 ADEQUAÇÃO DA ARQUITETURA AOS CLIMAS
3.2.1 MAPA CLIMÁTICO DO BRASIL

Sistemas relativos as condições climáticas em relação ao tempo (dia, mês, ano,...)

3.2.2 CLIMA URBANO

Num espaço urbano não existe só um tipo de clima, existem microclimas. Estes podem se tornar "Ilhas de calor" - causada por modificações na drenagem do solo, equipamentos termoelétricos e barreiras físicas.

3.2.3 ARQUITETURA E CLIMA

A Arquitetura deve amenizar a diferença entre as temperaturas do ar. A Arquitetura deve dar conta de minimizar os custos de equipamentos de resfriamento e/ou extingui-los de sua obra.

Brasil (anexo de climas)

Quente úmido
QUENTE: superúmido, úmido, semi-úmido
SUBQUENTE: úmido, semi-úmido
Quente seco
QUENTE: semi-árido brando, semi-árido mediano a muito forte
SUBSEQUENTE:semi-árido brando

3.2.3 INFLUENCIA DA UMIDADE RELATIVA DO AR

Diferencia na amplitude térmica. Quanto mais seco mais extremas serão as temperaturas. Quanto mais úmido estiver o ar, maior será a 
quantidade de partículas de água em suspensão funcionando como barreira para os raios solares.
No caso de termos o ar seco, não haverá muita absorção do calor por parte das partículas de água que garantiriam a estabilidade da temperatura noturna, diminuindo a possibilidade de muita diferença na sensação térmica.

3.2.5. CLIMA QUENTE SECO: A ARQUITETURA E O URBANO.

Adotar o procedimento de rejeitar calor durante o dia e receber durante a noite. 
Menores aberturas para que o ar não circule nos momentos errados diferindo a temperatura ideal.
Na malhar urbana, ter ruas de maior largura na direção leste-oeste pois a inclinação dos raios solares não incidirá muito rigorosamente às fachadas.As direcionadas norte-sul devem ser mais estreitas e de 
grande comprimento e não canalizar vento. Usar de vegetação, espelhos d'água, paredes auto-sombreantes (uma sombrear a outra).

3.2.6. CLIMA QUENTE ÚMIDO: A ARQUITETURA E O URBANO


Deve-se causar o alívio térmico.
Ventilação noturna. Grandes aberturas. Isolar o externo para que não haja absorção do calor interno. Melhor que as construções estejam de modo perpendicular ao sentido do vento. Ruas perpendiculares ao sentido do vento. Não criar obstáculos para a circulação de vento e obter distância mínima para isso.

3.2.7. CLIMAS QUENTES E CIRCULAÇÃO DE PEDESTRES
Deve-se haver vegetação. O percurso deve ser livre da radiação direta do sol. Evitar o uso de materiais reflexivos.

3.2.8. CLIMAS QUENTES E REVESTIMENTO DO SOLO

Evitar usar materiais reflexivos aos raios solares.

3.2.9. CLIMAS QUENTES E CORES EXTERNAS DA ARQUITETURA

Preferencialmente em cores claras pois refletirão a radiação solar e menos calor atravessará as paredes da edificação.

3.2.10 CLIMAS TEMPERADOS
Deve-se pensar também em relação a umidade relativa do ar, pluviosidade. Nos lugares onde há calor e frio deve-se pensar 
em ventilação cruzada podendo acontecer o fechamento da 
mesma. A forma externa deve ser pensada de forma a barrar radiação externa ou ventos frios.