quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

MANUAL DE CONFORTO TÉRMICO - CAPÍTULO 3 -- A SÍNTESE --

MANUAL DE CONFORTO TÉRMICO - CAPÍTULO 3

-- SÍNTESE --


NOÇÕES DE CLIMA E ADEQUAÇÃO DA ARQUITETURA


3.1. NOÇÕES DE CLIMA


3.1.1. ELEMENTOS CLIMÁTICOS DA ARQUITETURA

- Amenizar o clima ou tornar tão agradável quanto é.
- Perceber numa região as variações de temperatura, umidade, ventos e até mesmo pluviosidade.

3.1.2 - FATORES CLIMÁTICOS

- São diferentes em todo o mundo como exemplo: relevo, solo, latitude, altitude, etc.

3.1.3 - RADIAÇÃO SOLAR

- Sua maior influência é na elevação da temperatura.

3.1.4 - MOVIMENTO APARENTE DO SOL

Para um observador, situado na Terra, o movimento do Sol é modificado de acordo aos ângulos dos raios em relação ao horizonte no decorrer do tempo. A Terra é considerada uma esfera dividida em polos opostos em relação ao centro (Sul e Norte) e também dividida pelo Equador.

3.1.5 - LONGITUDE

Medida, em graus de 0º a 180º leste ou oeste, em relação ao Meridiano de Greenwich, o qual passa pelos polos.

3.1.6 - LATITUDE

A medida em relação ao Equador, que dividem a Terra em semi-círculos paralelos a ele, e varia de 0º a 90º sul ou norte.

3.1.7 - POSIÇÕES APARENTES DO SOL

Caso o eixo imaginário da Terra fosse perpendicular a trajetória elíptica cada ponto dela veria o sol na mesma posição ao longo do ano. Mas existe uma inclinação de 23,5º em relação ao eixo imaginário da Terra o que faz que a luz percorra, aparentemente, a região delimitada pelos trópicos de Câncer e Capricórnio, 6 meses em cada sentido. Os solstícios ocorrem quando a luz solar incide 
perpendicularmente a superfície terrestre tornando os dias e as noites desiguais. Para quem está no local dessa incidência perpendicular da luz o solstício é de verão, e para quem está no lado aposto ao da luz está em solstício de inverno. Quando há a passagem do sol pelo Equador são considerados os dias com mesma duração da noite e este período se chama Equinócio.

3.1.8 - INFLUÊNCIA DA LATITUDE

A latitude e a época do ano são responsáveis pelas diferentes inclinações dos raios solares em direção a Terra. A latitude é fator de grande importância na iluminação e calor de um local, tendo-se 
por base que a depender da latitude o ângulo de incidência será maior ou menor trazendo maior radiação ou não.

3.1.9 - DISTRIBUIÇÃO DE CONTINENTES E OCEANOS

A água dos oceanos é um importante fator na regulação térmica da Terra. Ela tem um calor específico muito grande em relação ao continente, o que faz com que a água precise sempre de mais energia do continente para resfriar e do contrário também. Tornando os locais mais interiores (menor contato com a água) extremos - invernos mais rigorosos e verões mais quentes.

3.1.10 - ISOTÉRMICAS DO GLOBO
Isotérmicas são linhas que indicam a variação de temperatura em relação as latitudes. E verifica-se que nas latitudes próximas aos recortes de continentes há maior variação da linha.

3.1.11 - BRISAS TERRA-MAR

As brisas são direcionadas pela diferença de pressão causada pela demora do aquecimento e resfriamento da água.

3.1.12 - TOPOGRAFIA

A topografia afeta a temperatura local pela diferença na incidência dos raios e também na circulação dos ventos.

3.1.13 - REVESTIMENTO DO SOLO

O revestimento do solo é importantíssimo na condução de calor, já que quanto mais úmido mais é condutor de calor, devolvendo assim mais rapidamente o calor ao oceano.

3.1.14 - UMIDADE ATMOSFÉRICA

A umidade atmosférica é gerada pela evapotranspiração das plantas durante o dia.

3.1.15 - PONTO DE ORVALHO
Com o aumento da temperatura a umidade relativa diminui. Se o ar contiver parte de água e for resfriado ele perde parte da sua capacidade de reter água aumentando sua umidade relativa.

3.1.16 - PRECIPITAÇÃO ATMOSFÉRICA

O choque entre massas de ar ocasionam as formas de precipitação

3.1.17 - NEBULOSIDADE
A quantidade de nuvens no céu pode variar e por consequência impedir a passagem de raios solares a atmosfera terrestre e também o contrário: impedir o retorno de raios incididos superfície.

3.1.18 - VENTOS

Ventos são gerados a partir da diferença de pressões atmosféricas locais, ocasionada pelo resfriamento ou resfriamento de terras/oceanos, e também eles são gerados pelo movimneto de rotação em torno do próprio eixo.A variação de temperatura faz com que se desloquem as massas de ar.
Em cada hemisfério há cintos de alta e baixa pressão: equatorial (baixa pressão), latitudes tropicais (alta pressão) e polares (alta pressão). Isso resulta nos ventos: alíseos (mais importantes para o 
Brasil), do oeste e os polares.

3.2 ADEQUAÇÃO DA ARQUITETURA AOS CLIMAS
3.2.1 MAPA CLIMÁTICO DO BRASIL

Sistemas relativos as condições climáticas em relação ao tempo (dia, mês, ano,...)

3.2.2 CLIMA URBANO

Num espaço urbano não existe só um tipo de clima, existem microclimas. Estes podem se tornar "Ilhas de calor" - causada por modificações na drenagem do solo, equipamentos termoelétricos e barreiras físicas.

3.2.3 ARQUITETURA E CLIMA

A Arquitetura deve amenizar a diferença entre as temperaturas do ar. A Arquitetura deve dar conta de minimizar os custos de equipamentos de resfriamento e/ou extingui-los de sua obra.

Brasil (anexo de climas)

Quente úmido
QUENTE: superúmido, úmido, semi-úmido
SUBQUENTE: úmido, semi-úmido
Quente seco
QUENTE: semi-árido brando, semi-árido mediano a muito forte
SUBSEQUENTE:semi-árido brando

3.2.3 INFLUENCIA DA UMIDADE RELATIVA DO AR

Diferencia na amplitude térmica. Quanto mais seco mais extremas serão as temperaturas. Quanto mais úmido estiver o ar, maior será a 
quantidade de partículas de água em suspensão funcionando como barreira para os raios solares.
No caso de termos o ar seco, não haverá muita absorção do calor por parte das partículas de água que garantiriam a estabilidade da temperatura noturna, diminuindo a possibilidade de muita diferença na sensação térmica.

3.2.5. CLIMA QUENTE SECO: A ARQUITETURA E O URBANO.

Adotar o procedimento de rejeitar calor durante o dia e receber durante a noite. 
Menores aberturas para que o ar não circule nos momentos errados diferindo a temperatura ideal.
Na malhar urbana, ter ruas de maior largura na direção leste-oeste pois a inclinação dos raios solares não incidirá muito rigorosamente às fachadas.As direcionadas norte-sul devem ser mais estreitas e de 
grande comprimento e não canalizar vento. Usar de vegetação, espelhos d'água, paredes auto-sombreantes (uma sombrear a outra).

3.2.6. CLIMA QUENTE ÚMIDO: A ARQUITETURA E O URBANO


Deve-se causar o alívio térmico.
Ventilação noturna. Grandes aberturas. Isolar o externo para que não haja absorção do calor interno. Melhor que as construções estejam de modo perpendicular ao sentido do vento. Ruas perpendiculares ao sentido do vento. Não criar obstáculos para a circulação de vento e obter distância mínima para isso.

3.2.7. CLIMAS QUENTES E CIRCULAÇÃO DE PEDESTRES
Deve-se haver vegetação. O percurso deve ser livre da radiação direta do sol. Evitar o uso de materiais reflexivos.

3.2.8. CLIMAS QUENTES E REVESTIMENTO DO SOLO

Evitar usar materiais reflexivos aos raios solares.

3.2.9. CLIMAS QUENTES E CORES EXTERNAS DA ARQUITETURA

Preferencialmente em cores claras pois refletirão a radiação solar e menos calor atravessará as paredes da edificação.

3.2.10 CLIMAS TEMPERADOS
Deve-se pensar também em relação a umidade relativa do ar, pluviosidade. Nos lugares onde há calor e frio deve-se pensar 
em ventilação cruzada podendo acontecer o fechamento da 
mesma. A forma externa deve ser pensada de forma a barrar radiação externa ou ventos frios.